sexta-feira, 7 de setembro de 2012

7 DE SETEMBRO: INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Cena do grito de Independência
No dia 7 de setembro comemoramos o Dia da Independência do Brasil. Neste dia celebramos a Emancipação Brasileira do Reino de Portugal que ocorreu em 1822.
A independência do Brasil, enquanto processo histórico desenhou-se muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.
O processo de Independência começa com o agravamento da crise do sistema colonial e se estende até a adoção da primeira Constituição Brasileira em 1824. As revoltas do final do século XVIII e começo do XIX, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, a Revolta Pernambucana de 1817, dentre outras, mostram o enfraquecimento do sistema colonial. Além disso, a Independência dos EUA e a Revolução Francesa reforçam os argumentos dos defensores das ideias liberais e republicanas, crescendo assim, a condenação internacional ao Absolutismo Monárquico e ao Colonialismo, aumentando as pressões externas e internas contra o monopólio português e o excesso de impostos numa época de livre comércio.
A presença da Família Real Portuguesa trouxe grandes avanços à colônia brasileira, mas ao mesmo tempo criou um grande rombo nos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras.
Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.
          Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.
D. Pedro I
  No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.
          Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
          Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do príncipe regente. No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, dom Pedro recebe as exigências das cortes. Irritado, reage proclamando a independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822 é aclamado imperador pelos padres do reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de dom Pedro I. No início de 1823 realizam-se eleições para a Assembleia Constituinte da primeira Carta do império brasileiro. A Assembleia é fechada em novembro por divergências com dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824. Com a Constituição em vigor e vencidas as últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo de separação entre colônia e metrópole está concluído. Contra o liberalismo de setores das elites brasileiras triunfa o espírito conservador e centralizador de José Bonifácio. Ele pregava a independência sem mudança de regime, ou seja, sem a proclamação da República nem mudanças sociais importantes, como a abolição da escravatura. A independência, entretanto, só é reconhecida por Portugal em 1825, quando D. João VI assina o Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil.


FONTE:http://www.brasilescola.com/historiab/independencia-brasil.htm
   http://www.unificado.com.br/calendario/09/indepen.htm

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